quarta-feira, 17 de junho de 2015

Também de dedos cruzados

Na recente edição dominical do Correio da Paraíba, o empresário Roberto Cavalcanti, em artigo de título “Cruzando os dedos”, refere-se à solenidade de que participou dia 9 de junho corrente no Palácio do Planalto como diretor da CNI – Confederação Nacional das Indústrias. Naquela solenidade a presidente Dilma Rousseff fez o lançamento de uma nova fase do Programa de Investimentos em Logística do Governo Federal, tendo por foco a privatização de aeroportos, rodovias etc,, em uma espécie de parceria público-privada. 
Diante da pouco credibilidade do Governo e, como diz Roberto Cavalcanti, face a “total fragilidade dos cofres da União para levar adiante as nossas demandas logísticas”, ele, durante toda a solenidade, manteve-se “de dedos cruzados, torcendo fervorosamente para que o mundo dê ao Brasil mais uma chance de provar que é uma nação de futuro”. Se, de um lado, a expressão “de dedos cruzados” (que indica um gesto em que o dedo médio de uma das mãos fica atravessado por cima do dedo indicador da mesma mão) pode representar o desejo de que aquilo que se anuncia efetivamente se realize, de outra parte pode corresponder a um desejo de anular o caráter vinculativo a uma promessa ou juramento. 

Daí, dizermos que também estamos de dedos cruzados, mas, neste nosso caso, torcendo para que o projeto de lei enviado ao Congresso Nacional pela presidente Dilma alusivo ao ajuste fiscal e que inclui o setor de transporte coletivo urbano para pagar em vez da atual alíquota de 2% do encargo previdenciário, fazê-lo, a partir de 1º de julho, com uma nova alíquota de 4,5%, que esse projeto não vingue… não seja aprovado!

por Mário Tourinho (Mais PB)

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