terça-feira, 16 de junho de 2015

Diretor da Kaissara fala da transferência das linhas da Itapemirim e dos planos da nova empresa

Desde o último dia 04 de junho de 2015, a Viação Kaissara assumiu 68 linhas interestaduais da Viação Itapemirim, uma das maiores empresas de transportes do País com sede no Espírito Santo. A notícia da transferência das linhas chamou a atenção do mercado e gerou especulações sobre como ocorreu esta mudança e sobre os novos controladores da Kaissara. 
À frente da Kaissara, como gestores, estão Fernando Santos, que atuou em diversas empresas de transportes de carga e passageiros, a mais recente foi a própria Itapemirim, e a Marcos Correia, que cuida das questões financeiras, jurídicas e fiscais. Por questão de estratégia de comunicação, a relação oficial dos empresários que controlam a companhia será divulgada em breve pela Kaissara. 

A TRANSFERÊNCIA: Fernando Santos disse que a Kaissara pertencia a empresários locais do Espírito Santo e que a empresa tinha um acordo de operação com a Itapemirim, mas nunca pertenceu integralmente à companhia fundada por Camilo Cola. A transferência das linhas começou a ser concretizada no início deste ano. “Houve uma relação comercial, adquirirmos linhas, estrutura como guichês e postos de apoio, absorvemos os funcionários e a assumimos a frota que era usada pela Itapemirim nestas linhas. Por questões estratégicas não vamos falar dos valores envolvidos, mas como toda a transição, as coisas ocorrem em etapas. A mais recente foi a resolução da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) que autorizou as operações” – disse Fernando Santos.

PARCERIAS COM OUTRAS EMPRESAS, FROTA, PINTURA E NOVA GARAGEM: O período de transição ainda continua. Além de estruturas operacionais ao longo das estradas e de mercado quanto às vendas de passagens, a Kaissara pretende ampliar o leque de operações. Para isso deve firmar parcerias com empresas de ônibus de várias regiões do país usando estruturas e complementando serviços, entre estas companhias, por exemplo, estão a Viação Ouro e Prata, do Rio Grande do Sul, e a Rio Doce, de Minas Gerais. 

A pintura dos ônibus hoje operados pela empresa é bem semelhante a da antecessora Itapemirim. Segundo Fernando Santos isso ocorre por questões de custos, de tempo (não seria possível alterar toda a frota que veio da Itapemirim) e para minimizar os impactos para os passageiros acostumados com o “amarelo” da empresa fundada por Camilo Cola. “Mas vamos consultar os busólogos (admiradores de ônibus), através até de concursos, para sugestões de novos layouts. Neste momento é estratégico manter a pintura semelhante, mas futuramente pode ser estratégico mudar” – informa Fernando Santos. 

CONCESSÃO DA ANTT: “Já fizemos um estudo preliminar quanto a este novo marco regulatório e estamos prontos para quando ele entrar em prática” – garante Fernando Santos. O intuito é ganhar a autorização dos atuais 68 trajetos quando houver o processo da ANTT. Não estão descartados novos itinerários. 

FIDELIZAÇÃO DE PASSAGEIROS: O mercado de transporte rodoviário de média e longa distância está cada vez mais competitivo. Para Fernando Santos, o principal caminho é “fidelizar” o passageiro. “Vamos investir numa empresa humanizada, próxima das pessoas, da comunidade. As paradas ao longo dos trajetos vão ter novas parcerias, com estabelecimentos que ofereçam maior conforto. Ampliaremos salas VIP e criaremos programas de fidelidade de acordo com o uso das linhas oferecendo descontos, por exemplo” – complementa Fernando Santos. 

Fonte: Ponto de Ônibus

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