Com a galeria e plenário praticamente vazios, sem participação de parlamentares e com poucos representantes comunitários, a audiência pública proposta pelo vereador Sérgio da Sac e secretariada por Marmuthe Cavalcanti trouxe à tona um problema que atinge não apenas os moradores da zona sul da cidade, mas toda a capital paraibana que é o impacto dos congestionamentos na mobilidade urbana e, consequentemente, na qualidade do transporte público. Por não dispor de vias exclusivas, os ônibus tem sua capacidade de deslocamento comprometida, as viagens atrasam e o serviço passa a impressão de que não está sendo ofertado a contento.
Essa colocação de que os atrasos nos ônibus é consequência do caos no trânsito que atinge não apenas João Pessoa, mas todas as capitais do país, foi feita tanto por populares, como pelo diretor da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), Adalberto Araújo, que representou o órgão gestor na audiência.
O diretor institucional da AETC, Mário Tourinho, lembrou que as empresas cumprem as diretrizes emanadas do órgão público, que é quem define a quantidade de ônibus, as linhas, os trajetos, etc e que os investimentos em renovação de frota, na aquisição de ônibus eficientes e outras benfeitorias realizadas pelas empresas concessionários do serviço público, também não resolvem o problema da mobilidade. “Não é necessário mais ônibus, a questão não é essa, devemos falar de mobilidade e ela prescinde de uma infraestrutura adequada ao serviço público de transporte”, disse Mário.
O diretor da empresa de ônibus São Jorge, Marcos Nascimento, que atua na zona sul da cidade, também participou da audiência e agradeceu a oportunidade de se debater um assunto tão importante para a população local como a Câmara de Vereadores. “Como completar a viagem no tempo previsto se o ônibus mal consegue se deslocar. É culpa da São Jorge os atrasos nas viagens ou do trânsito que não flui?”, indagou o empresário.
Fonte/Fotos: News Comunicação
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