quinta-feira, 22 de junho de 2017

O Etanol pode prejudicar o Meio Ambiente?

Quando o Pró-Álcool ou Programa Nacional do Álcool foi criado em 14 de novembro 1975, pelo decreto n° 76.593, o principal objetivo era reduzir a dependência do Brasil em relação ao petróleo, em especial após a crise internacional deste tipo de combustível, que começou em 1973 e se tornou ainda mais grave em 1979. 


De acordo com a história automobilística brasileira, divulgada pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, o primeiro automóvel produzido em série com motor a álcool foi o modelo Fiat 147, lançado em 1979. No mesmo ano, o álcool passou também a ser aplicado em veículos pesados. Mas será que o uso do etanol só traz vantagens ambientais? Um estudo publicado na Revista Nature do pesquisador da Universidade Nacional de Cingapura, Alberto Salvo e do físico- químico da Universidade Northwestern, Franz Geiger, sugere que o etanol usado em veículos pode causar problemas ambientais que vão muito além do plantio e queima do que restou da colheita da cana-de-açúcar. 

De acordo com o trabalho, de 2009 a 2011, houve uma elevação no preço do etanol enquanto que o governo mantinha política de controle de preços dos derivados de petróleo para conter a inflação. As pessoas começaram a consumir mais gasolina de novo. O uso do combustível à base de petróleo subiu de 42% para 68% entre os veículos leves. Os pesquisadores, com base nos dados das estações oficiais de monitoramento do ar, perceberam que enquanto o consumo de gasolina subiu , houve uma queda de 15 microgramas por metro cúbico (15 μgm -3 ) na concentração de ozônio ao nível do solo, para baixo a partir de uma média de 68 dias da semana μgm -3 . O estudo deixa bem claro que não é uma questão de defender a gasolina ou qualquer outro derivado de petróleo, que também trazem sérios problemas ambientais, como o aumento dos níveis de óxidos de nitrogênio, substância responsável diretamente por graves males à saúde pública. Entretanto, o estudo de 2014, alerta para necessidade de mais cautela em relação à classificação do etanol como combustível verde.

Fonte: Diário do Transporte

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