sexta-feira, 15 de abril de 2016

MAN tem 80% de ociosidade na produção e vira a chave para voltar a crescer

Diante da falta de reação do mercado automotivo no Brasil, a MAN Latin America, responsável por fabricar caminhões e ônibus da Volkswagen e caminhões da MAN, opera com 80% de ociosidade em sua produção, informou o presidente da empresa no Brasil, Roberto Cortês. A fábrica da montadora, instalada em Resende, no Rio de Janeiro, tem capacidade para produzir 100 mil unidades por ano. 

O potencial de produção da MAN é mais do que suficiente para atender à demanda esperada pela própria empresa para todo o mercado de caminhões e ônibus em 2016, de algo em torno de 70 mil unidades. Hoje, a fábrica opera em apenas um turno, durante quatro dias úteis na semana, o que resulta na produção de 110 unidades por dia. O corte se deve principalmente à queda na demanda. A venda de caminhões e ônibus terminou o primeiro trimestre com retração de 43% em relação a igual período do ano passado, para cerca de 15 mil unidades. Há cinco anos, no primeiro trimestre de 2011, eram 47 mil unidades. De lá para cá, o recuo acumulado é de 70%. Sem demanda, os estoques da montadora são suficientes para 60 dias de venda, enquanto o setor considera que o ideal é manter estoques para 30 dias. 

Para reduzir a produção, a MAN diminuiu a jornada de funcionários em 10%, aderiu ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), do governo federal, recorreu ao lay-off (suspensão temporária de contratos) e às férias coletivas, e abriu um Programa de Demissão Voluntária (PDV). Este último, realizado neste ano, resultou no desligamento de cerca de 400 trabalhadores. Segundo Cortês, a fábrica de Resende conta hoje com 3,5 mil funcionários. "Trata-se de uma mudança de mentalidade da empresa, estamos virando a chave", disse. "Estamos apenas encerrando um ciclo de ajuste", explicou.

Fonte: Isto É

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