O maquinista, o assistente de maquinista e o motorista, que conduziam o trem e o ônibus
envolvidos na tragédia que matou quatro pessoas e deixou 30 feridos na última segundafeira,
foram indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Segundo o delegado
responsável pelo caso, Antônio Farias, esse foi o entendimento policial, mas apesar disso as
investigações prosseguirão durante aproximadamente 30 dias, período em que o laudo ficará
pronto e será anexado aos autos do inquérito.
“Eles foram ouvidos ontem e negaram ter responsabilidade no acidente. O motorista disse que o
ônibus estava interditado por uma moto e dois carros, já o maquinista disse que não tinha
condições de frear. Eu os ouvi e indiciei os três por homicídio culposo. Agora é esperar o laudo, que
será feito por um engenheiro. Também deveremos conversar com o chefe de manutenção da CBTU para discutir a situação, visto que tenho 30 dias para
concluir o inquérito. Mas eles já foram indiciados”, explicou o delegado.
Dia seguinte à trágedia, na passagem de nível de Várzea Nova, os sinais do acidente ainda eram visíveis.
Objetos pessoais, calçado e manchas de sangue no chão e próximo aos trilhos
representavam as vidas e as histórias deixadas para trás no momento da colisão. Mães, donas de
casa, maridos, trabalhadores. Famílias que nunca mais serão as mesmas após esse 29 de fevereiro
de 2016.
Apesar de toda repercussão do caso e suas consequências, a reportagem também flagrou condutores de veículos fazendo manobras
arriscadas e parando os carros sobre o mesmo local, menosprezando o risco iminente de um novo
acidente.
Fonte: Jornal da Paraíba
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