A população brasileira não se acha apenas perplexa diante da atual crise econômica do país. Ela é diretamente atingida por essa crise e com maior intensidade sofre suas consequências, ficando ainda mais preocupada diante dos índices inflacionários mensais já superando 10%.
Entretanto, no contexto dessa crise há um setor que tem sido mais afetado, tendo em vista que têm de ser mantidas suas obrigações de disponibilizar veículos para os deslocamentos diários da população, seja com os mesmos quantitativos de passageiros, seja diante também da abrupta queda nos números desses clientes transportados. E sem um quantitativo adequado de passageiros para pagar as respectivas tarifas, por óbvio há um desequilíbrio econômico-financeiro e isto acarreta a precarização ou insustentabilidade dos serviços.
Por muitos anos o país incentivou o uso e a aquisição de veículo individual, proporcionando descontos ou isenções de impostos. E, por outro lado, nada ou muito pouco fez em favor do transporte público coletivo, seja mediante isenções tributárias ou subsídios governamentais, seja com investimentos na infraestrutura para a circulação dos ônibus. Resultado disso é que as cidades estão semi-paradas, vez que as ruas e avenidas encontram-se quase sempre congestionadas e no meio delas estão os veículos do transporte coletivo, também semi-parados. Com isso, os ônibus que tempos atrás conseguiam realizar 10 a 12 viagens por jornada, hoje, com os atrasos em seus tempos face aos congestionamentos, quando muito realizam conseguem fazer sete viagens.

Fonte: News Comunicação
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