domingo, 16 de agosto de 2015

Contra demissões, trabalhadores da Mercedes-Benz aceitam PPE

Aproximadamente dois mil trabalhadores da planta da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, considerados “excedentes” pela fabricante de caminhões e ônibus podem ter uma esperança para não perderem o emprego. 
Em assembleia no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, um grupo de 1,5 mil operários aceitou que todos os trabalhadores da unidade venham aderir ao PPE – Programa de Proteção ao Emprego, do Governo Federal para impedir que grandes companhias continuem a demitir em massa. A Mercedes-Benz, alegando queda nas vendas e produção de caminhões e chassis de ônibus por causa dos rumos que a economia brasileira tomou, anunciou que em 1º de setembro realizaria mais demissões. Até agora, 215 funcionários foram recolocados em lay-off, suspensão temporária do contrato de trabalho, e 250 foram desligados definitivamente. 

Além de aderir ao PPE proposto pela Mercedes-Benz, os trabalhadores aceitaram reajustes salariais reduzidos em 2016. O PPE permite redução de até 30% dos salários e jornada de trabalho, conforme convenção coletiva. O FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador complementa até 15% na folha de pagamento. No entanto, este complemento está limitado a 65% do teto do seguro-desemprego para cada trabalhador. Hoje o maior valor do seguro-desemprego é de R$ 1 mil 385,91, sendo assim, o máximo a ser complementado em cada salário do trabalhador cuja empresa aderiu ao PPE é de R$ 900,84. Na vigência do PPE, o trabalhador não pode ser demitido.

Fonte: Ponto de Ônibus

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