Integração do Valentina será substituída por Passe Legal neste sábado; população protesta

Cerca de 3 mil passageiros deixarão de usar o serviço de integração no Terminal de Ônibus do bairro do Valentina de Figueiredo, a partir do próximo dia 4 de julho. Os usuários que saem da zona sul com destino a outras regiões de João Pessoa não farão mais o transbordo de um ônibus a outro da maneira convencional. 

Terminal de Integração do Valentina.

O serviço será substituído pela integração temporal, que só funciona com o cartão ‘Passe Legal’, em um intervalo de 30 minutos. A explicação consta em informativo da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano (AETC) e Secretaria Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) à população. Os usuários do sistema denunciam que o serviço, que já é prestado com precariedade, ficará ainda pior sem a integração convencional. Além disso, a principal reclamação é que com a integração temporal, feita com o uso do cartão Passe Legal, o tempo de espera do veículo supera o intervalo de 30 minutos – prazo máximo estabelecido para integrar, entre a viagem de origem e a de destino, no segundo ônibus. 

Segundo o líder comunitário do Valentina, Manoel Inácio, há dois anos, ele luta para conseguir mudar o local da integração para outra área mais centralizada, uma vez que o terminal está localizado na rua Flodoaldo Peixoto, no começo do bairro. “Surgiram novas comunidades no entorno e sua localização não favorece a quem mora mais para o final do bairro. Por dia, cerca de 3 mil passageiros utilizam o serviço e serão prejudicados”, disse. Com o comunicado sobre as mudanças no serviço, Manoel Inácio disse que a comunidade não é contra a integração temporal, mas disse que para que realmente funcione, é preciso um prazo de adaptação. 

No sentido bairro, usuários irão utilizar ponto de ônibus  na frente do terminal

A técnica de enfermagem Claudineide da Silva, 42 anos, mora na comunidade Parque do Sol, onde pega o ônibus que a deixa na integração do Valentina para ter acesso ao segundo veículo que a levará para seu trabalho. “Dessa forma que querem fazer vai ficar mais difícil. Depois que desço do ônibus, costumo esperar mais 40 minutos pelo outro. Quer dizer, não vou conseguir integrar”, observou.

Fonte: Jornal da Paraíba