terça-feira, 25 de novembro de 2014

Por treinamentos no transporte coletivo

De um serviço como o do transporte coletivo urbano, pela abrangência de seu atendimento, a expectativa sempre é a de que seja operado dentro de um padrão de satisfação plena. Em outras palavras: em um dia de operação, em que – como no caso de João Pessoa – cerca de 4,8 mil viagens são realizadas, as 4,7 mil efetivadas com normalidade nunca chamam a atenção! Mas, as outras 100 viagens (tão somente 2% do total) que tenham ocorrido com algum contratempo, especialmente o de postura indevida de motorista ou cobrador, estas, sim, imediatamente ganham divulgação e reclamação do tipo “é falta de treinamento!”, com repercussões sobretudo através das emissoras de rádio! 
Mário Tourinho ministrando palestra para operadores do transporte coletivo
Um sistema de transporte coletivo urbano, mesmo sem o porte de uma metrópole, mas com a dimensão de uma João Pessoa com seus 468 ônibus circulando como frota efetiva nos dias úteis, corresponde a 468 vitrines que em vez de esperarem ser visitadas, elas são as que vão visitar (percorrer) os múltiplos lugares da cidade. E como o colega administrador Anchieta Bernardino costuma dizer, “os ônibus em seu dia a dia percorrem tanto os lugares chiques quanto os lugares até vistos como ´perigosos´”. 

De nossa parte, pessoalmente, já testemunhamos reclamações, inclusive em audiências nos Procons ou órgãos do Ministério Público Estadual, alegando-se que “as empresas não treinam seus motoristas”. Mas, treinam, sim! Somos testemunhas do esforço que cada empresa realiza no treinamento de seus operadores, os quais, no conjunto do sistema, correspondem a bem mais de 3 mil. Entretanto, como ocorre em relação a qualquer outro segmento, os treinamentos – incluindo os relativos ao bom relacionamento com as outras pessoas – nunca são em sua plenitude assimilados nem postos em prática.

por Mário Tourinho

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