Um ano e dois meses após ter sua falência decretada, o Grupo Busscar conseguiu uma reviravolta no Tribunal de Justiça de Santa Catarina na tarde desta terça-feira e anulou a assembleia de credores que culminou com a demissão de 400 trabalhadores, dívidas de mais de R$ 1,6 bilhão e o fechamento da fabricante de carrocerias de ônibus.
Conforme o TJ, uma nova assembleia de credores será realizada.
O administrador judicial Rainoldo Uessler ficará responsável pela gestão da companhia até que ocorra a nova votação. Nesta quarta, Rainoldo e o juiz responsável pelo caso, Marco Antônio Ghisi Machado, devem se encontrar para definir um cronograma e quais serão os próximos passos a serem tomados em relação ao processo.
– Por enquanto, tudo continua como está. Somente após uma nova assembleia é que saberemos se a empresa voltará a produzir ou se terá, novamente, sua falência decretada. Tudo vai depender da decisão dos credores – argumenta Rainoldo.
Mais demora:
Para o presidente do Sindicato dos Mecânicos, Evangelista dos Santos, a decisão do TJ precisa ser analisada com cautela. Ele diz estar preocupado com o futuro dos trabalhadores da empresa, que continuam à espera de salários e benefícios atrasados.
– Não sou favorável nem contra a decisão dos juízes, mas me pergunto como fica a situação dos funcionários. O processo de falência estava até correndo rapidamente, podíamos ter uma esperança de que logo os trabalhadores recebessem o que é deles por direito. Agora, com a mudança, minha preocupação é que o processo se arraste e não tenhamos nenhuma ideia de quando a dívida será paga – diz Evangelista.
Fonte: A Notícia
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