segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Em Campina Grande, sistema de transporte perdeu dois milhões de passageiros

Terminal de Integração em Campina Grande
Quem chega no Terminal de Integração de Passageiros em Campina Grande se depara com uma multidão. O Terminal está sempre cheio, e os ônibus chegam e parte sempre lotados. Em algumas rotas, os usuários reclamam da qualidade do serviço. A sensação que se tem é que os ônibus são insuficientes para atender a demanda. Nas paradas de ônibus, pessoas também esperam pacientemente pelo ônibus e reclamam da demora. Em alguns casos, os passageiros chegam a esperar até 40 minutos. “Pegar o 333 ou 303 para a UEPB é uma agonia. Agente se espreme dentro dos ônibus” lamentou a estudante de Pedagogia Maria de Fátima, moradora de Vila Cabral de Santa Terezinha. 

Em Campina Grande, mais de 3 milhões de passageiros dependem do transporte de coletivo para se locomover seja com destino ao trabalho ou escola, segundo dados da STTP. Os dados revelam que 18% da população campinense superior a 400 mil habitantes, são usuários do sistema. Só que nos últimos anos, as 7 empresas que têm a permissão para explorar o sistema, passaram a conviver com a perda de passageiros. Alguns problemas sistemáticos afastaram os usuários e obrigaram as empresas a operacionalizar meios para manter o sistema funcionando. Dados da STTP revelam que em 5 anos, o sistema perdeu quase dois milhões de passageiros, considerando que a tarifa custa R$ 2,10, as empresas perdem por mês cerca de R$ 4,5 milhões. 

E os prejuízos podem subir ainda mais e atingir patamares insuportáveis, caso não sejam adotadas medidas para combater o avanço do transporte clandestino na cidade. Em 2006 por exemplo, as empresas chegaram a transportar mais de cinco milhões passageiros por mês e hoje, pouco apenas 3 milhões de pessoas dependem do transporte coletivo para se locomover. 

A frota composta por 220 ônibus, começou a perder passageiros com o advento do sistema de mototáxis, e, principalmente com o crescimento descontrolado do transporte alternativo. O Sitrans mostra números mais preocupantes, hoje pouco mais de dois milhões e meio de usuários permaneceram utilizando o transporte coletivo por mês em Campina Grande. Ou seja, são cumputadas 2,5 milhões viagens. O ideal para manter o sistema funcionando sem grandes problemas seria realizar no mínimo seis milhões de viagens por mês. 

Em João Pessoa, conforme enfatizou o superintendente do Sitrans Anchieta Bernardino, são 480 ônibus transportando 10 milhões de usuários, enquanto que em Campina Grande são 220 veículos que realizam pouco mais de 2,5 milhões de viagens mês. Bernardino aponta alguns dos aspectos que tem provocado perda de passageiros e prejuízos incalculáveis no sistema na segunda maior cidade do Estado paraibano. A concorrência desleal com os carros que fazem o transporte alternativo; o avanço dos mototaxistas clandestinos, e as facilidades para se comprar uma moto, contribuem para que o sistema perca de passageiros.

Fonte: PB Agora

Um comentário:

Unknown disse...

Não é por nada não, mas esses dados não estão errados? "Em Campina Grande, mais de 3 milhões de passageiros dependem do transporte de coletivo para se locomover seja com destino ao trabalho ou escola" a população de campina grande não chega 400 mil, e ainda tem quando fala de JP "Em João Pessoa, conforme enfatizou o superintendente do Sitrans Anchieta Bernardino, são 480 ônibus transportando 10 milhões de usuários"

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