Em manifesto contra a inércia do poder público diante do estado crítico do sistema de transporte coletivo urbano em todo país, a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) alerta para as graves consequências sociais e econômicas do colapso desses serviços, que deve ocorrer no pós-pandemia, pela necessidade de mudanças drásticas na forma de transportar as pessoas, com maior oferta do serviço e menos passageiros por veículo.
Para evitar isso a entidade pede, entre outras medidas, a destinação imediata de recursos extratarifários, provenientes de orçamentos públicos – em especial do Governo Federal -, para equilibrar o custo adicional da oferta de serviços em níveis adequados aos protocolos da Saúde que deverão ser seguidos daqui para a frente.
“Se nada for feito, a quebra dos sistemas organizados de transporte público vai gerar perdas para a sociedade da ordem de R$ 320 bilhões por ano”, afirma Ailton Brasiliense, presidente da ANTP, entidade que assina o “Manifesto por um Transporte Público Digno, Econômico e Ambientalmente Sustentável”.
Segundo ele, esse seria o custo da substituição do sistema público coletivo por opções individuais de transporte. Para se ter uma ideia do que isso significa, apenas 10% deste valor já permitiria reduzir a tarifa do transporte em 50% para todos os brasileiros. “É inevitável e urgente rever toda a prestação de serviço de transporte público coletivo no Brasil”, reforça.
Fonte: Paraiba.com
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