Reportamo-nos à importante matéria publicada no Correio da Paraíba deste recente domingo, 2
de abril, assinada pela repórter Bruna Vieira. E não focaliza apenas a questão do transporte
coletivo, não! Aliás, esta questão – a do transporte coletivo – foi bem mais centrada ao bairro do
Valentina Figueiredo e suas áreas periféricas, inserindo uma entrevista com o superintendente
da SEMOB-JP, Carlos Batinga.
A propósito, o próprio Batinga reconhece que nas regiões periféricas do bairro do Valentina,
como Paratibe, Cuiá e Nova Valentina, seus acessos “não são bons”. E enfatiza: “Historicamente
não foi pensado um sistema viário estruturante; tem que ser um sistema tronco-alimentador”.
Ainda a respeito dessa questão, Carlos Batinga, chama a atenção de que “Ou se investe no
transporte coletivo e no não motorizado ou as soluções no campo da mobilidade urbana serão
sempre temporárias”. E diz mais: “As frotas de automóveis estão crescendo cinco vezes mais
que a população, ou seja, estamos caminhando para o caos porque, a continuar assim, esse
problema vai piorar muito mais”.
Vê-se que a questão do transporte coletivo é muito mais séria que como tem sido encarada ao
longo de dezenas de anos, Brasil afora e Brasil adentro, em suas três esferas governamentais.
Interessa-nos, entretanto, pensa-lo e refletirmos em nosso âmbito mais restrito, como aqui em
João Pessoa. Mas, como já está claro, não se pode pretender resolvê-lo com um olhar “só pra seu
próprio umbigo”. Daí, virmos insistindo no sentido de que os governos municipais, estaduais e o
federal unam-se e que essa união tenha como ponto de partida o planejamento.
Vamos aqui repetir o que já dissemos em oportunidades anteriores: nenhuma cidade,
isoladamente, jamais nela construirá um paraíso se ao seu redor estiverem as demais cidades
com seus infernos, isto porque estes infernos atingirão o paraíso daquela
primeira. Por isto, ou se planeja ou… vamos piorar nossa qualidade de vida!
por Mário Tourinho
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