Pesquisa de opinião pública realizada pelo Instituto DATAVOX nos dias 14 e 15 deste mês, identificou que, em função da proliferação do transporte ilegal de passageiros na cidade, as pessoas estão deixando de usar o transporte público, podendo inviabilizar o sistema legalizado, inclusive, comprometendo o equilíbrio econômico e financeiro previsto no contrato de concessão entre a Prefeitura Municipal e os consórcios que operam o transporte coletivo.
Relatório da pesquisa foi apresentado para a imprensa e empresários na manhã da ultima sexta-feira no auditório da Associação Comercial. Durante a exibição dos números, o estatístico Bruno Agra Ferreira, responsável pela realização da pesquisa, destacou que 18,2% das pessoas entrevistadas que se deslocam para o centro da cidade informaram que utilizam o transporte ilegal de passageiros.
A notícia logo ganhou repercussão.

O diretor executivo do COMTRANSLEGAL – Comitê em Defesa do Transporte Legal de Passageiros de Campina Grande, Anchieta Bernardino afirmou que “se os órgãos competentes não cumprirem com suas obrigações de fiscalizar e combater o transporte ilegal, essa prática vai destruir o sistema regular e legalizado e quem vai sair prejudicado são idosos, estudantes, deficientes e a população de baixa renda”. Anchieta acredita que o percentual de pessoas que usam o transporte não autorizado na cidade é bem superior aos percentuais apresentados pelo instituto de pesquisa na última sexta-feira.
O crescimento do transporte ilegal de passageiros em Campina Grande, vem sendo responsável por boa parte da crise que afeta o sistema de transporte público da cidade, seja ele feito por ônibus, taxi ou mototaxi.
Executando um serviço mais complexo e oneroso, o sistema de transporte coletivo tem denunciado a concorrência desleal que estaria provocando uma queda significativa no número de passageiros pagantes transportados, conforte atesta a pesquisa. Segundo Anchieta Bernardino, os ilegais não pagam impostos e não oferecem gratuidades a estudantes, idosos e não transportam pessoas portadoras de deficiência, ficando o ônus desses passageiros para as empresas e, consequentemente, para a tarifa.
Fonte: Paraíba Online
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