A crise política e econômica pela qual passa o Brasil atingiu vários segmentos do mercado e já causa efeitos em serviços públicos essenciais à população, como é o caso do transporte coletivo. O orçamento da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra os trens e VLTs da Grande João Pessoa, foi, por exemplo, cortado em 38%, por força de contingenciamento imposto pelo Decreto nº 8.700, de 30 de março de 2016.
Com essa realidade, segundo a companhia, a entrega de novas composições do VLT para a Região Metropolitana da Capital fica indefinida.
“O cenário orçamentário da CBTU é realmente preocupante”, declarou o diretor-presidente, Marco Fireman. Com isso, a empresa precisa fazer suas cinco unidades (Recife, Natal, João Pessoa, Maceió e Belo Horizonte) funcionarem plenamente com R$ 131 milhões, patamar muito inferior aos R$209 milhões aprovados na Lei Orçamentária Anual.
A afirmação de Fireman é corroborada pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo. “Em 60 dias, se não viabilizarmos recursos, não haverá dinheiro para pagar a energia elétrica e óleo diesel para deslocamento dos metrôs”, ressalta Araújo, referindo-se a uma redução dos sistemas da CBTU em todo país.
A CBTU declarou que ainda não sabe em que medida essa diminuição ocorreria, mas está cautelosa para que tal problema impacte o mínimo possível a população nas cinco localidades onde opera.
“Cumprimos um papel social na mobilidade urbana. Transportamos mais de 600 mil pessoas por dia. É o único serviço do Brasil subsidiado em quase sua totalidade. Estamos vivendo um momento difícil, necessitamos de recursos com brevidade e realmente há possibilidade de redução do serviço. Porém, nosso foco continua direcionado para os usuários”, conclui Marco Fireman.
Fonte: Portal Correio
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