Com a economia brasileira não reagindo e sem sinais de crescimento significativo, o setor de veículos que são bens de capital, como ônibus e caminhões, é um dos mais prejudicados e quem sente é o trabalhador.
A Mercedes-Benz, líder em produção e vendas de ônibus e vice em caminhões, anunciou a demissão de 500 funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, principal unidade da montadora alemã no Brasil. Segundo a Mercedes-Benz, o fraco desempenho dos segmentos de ônibus e caminhões ainda faz com que haja um excedente de mil e 200 pessoas, além das demitidas.
Hoje a planta tem 10 mil e 500 funcionários, trabalha apenas quatro dias por semana e deve dar férias coletivas com período ainda a ser definido.
A Mercedes alega que a ociosidade da planta hoje é de 40%.
Esses 500 cortes vão ser formalizados em maio. A empresa ofereceu ao grupo o mesmo pacote de benefícios para quem aderiu ao PDV – Plano de Demissão Voluntária.
Os outros 250 funcionários que estavam em lay off têm estabilidade, retornando à linha de produção.
Neste ano, as montadoras já dispensaram 3,6 mil trabalhadores, a maioria por PDV. No ano passado, foram 12,5 mil funcionários demitidos.
Seguindo a tendência e integrando a cadeia produtiva, as empresas de autopeças demitiram 25 mil trabalhadores no ano passado.
A projeção é de queda de 22,5% na produção de ônibus e caminhões e de 9,3% de automóveis.
Outras fabricantes de veículos pesados também reduzem a produção e a jornada dos trabalhadores.
A Volvo, em Curitiba, vai colocar a partir de segunda-feira até 4 de maio, 1,5 mil trabalhadores em férias coletivas. A Scania, de São Bernardo do Campo, emendou este feriado de Tiradentes, não trabalhando na segunda-feira. Já a MAN Latin America- Volkswagen Caminhões e Ônibus, em Resende, reduziu em 10% a jornada de trabalho e os salários.
Fonte: Ponto de Ônibus
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