Diante dos agudos problemas de infraestrutura do país, somente uma desvalorização mais forte do real em relação ao dólar é capaz de salvar a indústria em 2015, avalia o diretor-geral da fabricante de ônibus Marcopolo, José Rubens de La Rosa.
“Todas as dificuldades logísticas e de infraestrutura que imputamos no custo Brasil não se resolvem em um ano. Esses custos persistem, mas o fator cambial dá um pequeno alento para o Brasil tentar recuperar alguns mercados”, afirma.
A empresa gaúcha é uma das grandes exportadoras do país. Cerca de um terço, dos quase R$ 4 bilhões de faturamento por ano, vem das vendas para o exterior.
Na avaliação de La Rosa, o real fraco, que aumenta o poder de competição dos produtos brasileiros externamente, também dá munição às indústrias no mercado interno, em que os produtos importados vêm ganhando espaço.
O executivo acredita que, no limite, o real mais barato em relação ao dólar pode vir a compensar medidas de aumento de impostos e redução de desonerações. “O grande jogo será sempre a taxa de câmbio”, diz o executivo.
Fonte: Folha de São Paulo
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