quinta-feira, 1 de maio de 2014

Tourinho desabafa: “Nunca o setor empresarial dos coletivos enfrentou crise tão severa como a atual”

Na avaliação de Mário Tourinho, diretor institucional da Associação e do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (AETC e Sintur), este é um momento nada bom para o setor. “Nunca o setor empresarial do transporte coletivo urbano enfrentou uma crise tão severa como a atual”, disse durante a entrevista ao Paraíba Total.  

Como anda a atuação das empresas de ônibus representadas, quais os avanços e as principais dificuldades enfrentadas para desenvolver o trabalho diário? Cumpre-nos dizer que a AETC-JP e do Sintur-JP são as entidades congregadoras das empresas que associativamente as integram, portanto correspondem a ser executadoras das ideias e aspirações de tais empresas. E estas empresas atravessam sérias dificuldades de desequilíbrio financeiro para a satisfatória realização de seus serviços.

Como a AETC-JP e o Sintur-JP veem o mercado de transporte da Capital e da Paraíba e se são favoráveis para atuação dos empresários da área? As despesas operacionais se sobrepõem à receita arrecadada, o prejuízo atinge a própria população, especificamente os passageiros, em função da incapacidade de investimentos, consequentemente falta, sobretudo de renovação da frota. Mesmo assim, diante destas dificuldades atuais, no caso de João Pessoa o transporte coletivo está bem mais satisfatório do que o foi nos anos 90 e até no primeiro decênio deste milênio. 

Do seu ponto de vista, quais são as perspectivas para o crescimento e desenvolvimentos da Paraíba nos próximos anos no segmento de transporte público de massa? Nesse sentido, a Prefeitura de João Pessoa já tem um projeto, prestes a ser executado, não só referente à ampliação de faixas exclusivas para o transporte coletivo, mas, também, para a implantação do moderno sistema denominado BRT (Bus Rapid Transit).

Como tem sido o trabalho de fiscalização da atuação do transporte clandestino e ilegal? O combate efetivo a ele só pode ser feito por parte dos órgãos públicos que tem essa função. Da parte da AETC-JP e do Sintur-JP, o único recurso de que dispõe é a realização de campanhas de conscientização dos passageiros quanto aos riscos a que se entregam quando viajam em um veículo clandestino. 

De um modo geral, na sua opinião, como a AETC-JP e o Sintur-JP tem contribuído para o desenvolvimento econômico da Paraíba? A AETC-JP e o Sintur-JP, como focados nesta entrevista, correspondem às seis empresas do transporte coletivo urbano de João Pessoa. Pois, bem: estas seis empresas proporcionam praticamente 3,5 mil empregos diretos.

Quais os principais resultados obtidos pelas entidades em 2013 e como andam os novos projetos de ambas para este ano de 2014 em diante? Nunca, nestes últimos 20 anos, havíamos enfrentado uma crise tão severa quanto a que ocorre presentemente. E ela vem desde 2013. Por conseguinte, todo o esforço tem sido, do ano passado para cá, no sentido de manterem-se as melhorias anteriormente conseguidas, especialmente a modernidade da bilhetagem eletrônica e consequente sistema de integração temporal que tanto beneficia aos passageiros. 

Fonte: Paraíba Total

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