Um motorista profissional que trabalha mais de 12 horas por dia dobra as chances de se envolver em um acidente. Acima de 14 horas de jornada de trabalho, o risco de acidente triplica, de acordo com o diretor do Cemsa, Marco Túlio de Mello. Segundo ele, um motorista que fica mais de 19 horas acordado sente os mesmos efeitos de dirigir embriagado.
Já o diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu Rodrigues, considera a legislação “absurda”. Ele defende que o descanso do motorista deve ser maior do que prevê a lei e que o profissional não fique mais de seis horas por dia na direção do veículo para não comprometer funções importantes: atenção, concentração, agilidade mental, raciocínio, vigília, função motora, sensibilidade tátil, visão e audição. No caso de motoristas de ônibus, que na maioria das vezes alternam a direção com períodos de sono no próprio veículo, revezando com colegas, ele diz que esse descanso não é suficiente. Segundo o procurador do trabalho, Paulo Douglas, a ANTT vem autorizando viagens de modo reiterado com número de motoristas insuficiente para cumprir a Lei.
A ANTT informou que ainda não teve conhecimento do teor da representação do MPT, acrescentando que não compete à ANTT a fiscalização da observância da Lei nº 12.619/2012, no que se refere ao descanso dos motoristas.
Com informações: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário