DER suspende licitação de concessão de rodoviária

Após um protesto organizado por integrantes do Movimento Passe Livre, o Departamento Estadual de Estradas de Rodagens da Paraíba suspendeu nesta segunda (29) o processo de licitação para concessão dos terminais rodoviários de João Pessoa e Campina Grande.

 A decisão de suspensão, segundo o superintendente do órgão, Carlos Pereira, ocorreu por que um manifestante rasgou um envelope com a proposta de uma empresa participante da concorrência. Os manifestantes afirmam que o DER está privatizando as rodoviárias.

Segundo Carlos Pereira, os integrantes do Movimento inicialmente pediram para que a licitação não fosse realizada, o que foi negado. O superintendente afirmou que foi autorizado que eles acompanhassem a sessão, no entanto, quando a licitação foi aberta um dos manifestantes pegou a proposta de uma das empresas e rasgou. “O documento ainda não era público, era um documento privado e com isso houve a quebra do sigilo que é um dos princípios que devem ser seguidos na licitação”, disse. Carlos disse que a Comissão de Licitação vai se reunir e marcar uma nova data para retomar o processo. Ainda de acordo com o superintendente, não houve tumulto durante a manifestação, ele tratou a danificação do envelope como um momento de 'exaltação'.

De acordo com o Movimento Passe Livre, cerca de 20 pessoas participaram do movimento “Não concordamos com o processo de licitação sem a mínima transparência, sem que seja discutido com a população. Só hoje é que tivemos acesso ao documento”, afirmou Társio Teixeira. “Amanhã, iremos nos reunir com parlamentares da Assembleia Legislativa do estado para discutirmos tanto o transporte público, em geral, como a privatização dos terminais rodoviários de João Pessoa e Campina Grande”, completou. O líder do movimento Passe Livre disse que a mobilização foi pacífica e que funcionários do órgão tiveram acesso livre às dependências do DRE durante o tempo em que houve a ocupação.

A administração das rodoviárias de João Pessoa e Campina será cedida pelo DER pelo período de 15 anos. “Isso não é privatização é outorga de concessão prevista na lei de licitações. Já foi feita em vários lugares com êxito. O objetivo é melhorar o serviço”, ressaltou Carlos Pereira.

Fonte: G1 Paraíba