Técnicos de três empresas especializadas em gestão de trânsito, sendo uma delas sediada na França, vão iniciar na próxima segunda-feira o Estudo de Plano de Reestruturação do Transporte Coletivo de João Pessoa. O estudo vai durar oito meses e ajudará a prefeitura a executar projetos e solicitar recursos a bancos e governos.
Segundo o superintendente da Semob, Nilton Pereira, os valores doados correspondem a cerca de US$ 500 mil. Ele explicou que a cifra é relativamente baixa em relação à complexidade do trabalho que será realizado. “O estudo vai indicar, no primeiro momento, qual é a demanda por transporte público existente em João Pessoa. Em seguida, serão elaboradas as propostas que irão atender às necessidades dessa demanda”, detalhou.
O trânsito de João Pessoa estão defasados e foram elaborados há mais de 30 anos. “Nesse período houve um aumento considerável tanto da população quanto da frota. Por isso, é necessário que a prefeitura realize um novo diagnóstico para traçar as prioridades e adotar as medidas necessárias para ordenar o sistema”, acrescentou Nilton.
De acordo com a Semob (Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana), João Pessoa possui uma das melhores frotas do país. São 517 ônibus à disposição. Destes, 457 são colocados em circulação. Outros 60 ficam nas garagens, como reserva técnica e são usados para substituir os coletivos que quebram nas ruas. São seis empresas atuando na cidade. Juntas, elas possuem 86 linhas. Destas, 60 são radiais, ou seja, possuem pontos finais em bairros, de onde saem com destino ao Centro e fazem percurso contrário.
Outras 20 linhas são circulares e seis são destinadas a integração em bairros, que não transportam passageiros até o Centro da cidade.
Eles circulam nos bairros, coletando passageiros e os deixam no terminal instalado nos próprios bairros, onde as pessoas embarcam em outros ônibus.
Por dia, são feitas 280 mil viagens urbanas, segundo a Semob.
Apesar disso, a população sofre com lotações e precisa esperar por muito tempo para embarcar nos veículos. O problema se agrava principalmente no começo da manhã, no final da tarde e no horário de almoço. Em alguns bairros, o problema é a quantidade insuficiente de ônibus.
Fonte: Paraíba Urgente
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