quinta-feira, 30 de agosto de 2012

População reclama dos trens sucateados

Atrasos e má conservação dos trens são as principais queixas dos usuários do sistema ferroviário que integra a Região Metropolitana de João Pessoa. Locomotivas e vagões passam por reparos periódicos para continuarem atendendo à rede, mas não suprem as necessidades dos passageiros. De acordo com a CBTU/PB, os problemas têm prazo para acabar e devem ser solucionados dentro de 18 meses, com a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O fluxo diário de passageiros transportados pelos trens urbanos na Capital e sua periferia vem diminuindo a cada ano. 

Em 2010, circulavam mais de 13 mil passageiros enquanto a média atual é de dez mil e continua decrescendo. Nem o baixo preço da tarifa – que é de R$ 0,50, em contraste aos R$ 2,20 cobrados pelo acesso aos ônibus – serve de atrativo para a adesão da população ao transporte ferroviário.

“Os trens são muito velhos, enferrujados, às vezes tem problema na trava das portas. Acho que essa questão da segurança assusta um pouco. O visual acabado também afasta o povo, muita gente nem sabe que esses trens ainda funcionam”, comenta a empregada doméstica Zilvânia Silva, que mora em Bayeux e trabalha em João Pessoa. Para ela, a única vantagem de andar de trem é a velocidade. “Andar de trem é mais rápido que ônibus. Isso quando não quebra”, observa.

As quatro locomotivas que trafegam pelos 30 quilômetros de trilhos que interligam os municípios de Santa Rita, Bayeux, João Pessoa e Cabedelo fazem esse mesmo percurso há seis décadas. De acordo com o superintendente da CBTU na Paraíba, Lucélio Cartaxo, os vagões passam por constantes reparos. “Temos uma oficina em Cabedelo que está sempre trabalhando na recuperação dos trens. Entretanto, a reabilitação total dos veículos é impossível, pois estamos falando de trens com mais de 60 anos de funcionamento”, afirma.

Fonte: Interjornal

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