Sentada sobre o banco de concreto do terminal de ônibus, no Centro de Santa Rita, a aposentada Maria do Socorro da Silva, 69 anos, espera há mais de uma hora pela chegada do coletivo. Moradora do bairro de Odilândia, a 19 quilômetros do Centro do município, ela divide com outros passageiros o drama causado pela deficiência no transporte público.
“Os moradores de Odilândia são castigados pela falta de ônibus. Eles só circulam das 5h às 16h30. Mesmo assim, fazem poucas viagens e a gente fica até duas horas e meia, esperando o ônibus. Quando ele quebra, ainda é pior, porque a empresa não bota outro para rodar”, lamenta a idosa. A situação se agrava à noite. A partir das 17h, não há mais transporte público em Odilândia.
“Se perdermos um ônibus, que passa ao meio-dia, só podemos pegar o próximo às 14h30. O pior é à noite, porque nem ônibus tem. Para sair nesse horário, a gente tem que contratar um carro particular. Pior é quando o ônibus quebra. Temos que esperar o conserto para seguir a viagem”, revela a doméstica Valdelice Brito.
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