terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Reajustes nas passagens dos ônibus

Tudo aumenta de preço. Em qualquer país em que haja inflação, por menor que seja, é óbvio que os preços dos serviços e/ou produtos aumentam seus preços. E é em função desses aumentos de preços que é medida a inflação. E cabe perguntar: onde estaria havendo deflação?!... Mas, o que é muito interessante mesmo, é que tudo vai aumentando de preço e as pessoas encaram esses aumentos com razoável naturalidade... inclusive a imprensa! 

No entanto, quando o aumento de preço refere-se às passagens do transporte coletivo urbano, ih!... “Todo mundo” se admira!... Notemos que até o aumento nos preços das passagens do transporte intermunicipal como no interestadual são vistos com certa naturalidade! Entretanto – repetimos -, quando esse aumento é no transporte coletivo urbano, é manchete aqui, é manchete ali, é manchete acolá, é gente e mais gente se surpreendendo e perguntando o porquê da passagem ter aumentado!... Ninguém se lembra que houve, por exemplo, aumento no preço do óleo diesel, insumo este que muito pesa para a operação do transporte coletivo! 

Talvez em função desse fenômeno bem mais admirativo relacionado aos aumentos nas passagens do transporte coletivo urbano, os respectivos governos (prefeitos) – ou boa parte deles - mais se acautelam (para não dizer se preservam e agem sem a responsabilidade administrativo-governamental que o assunto exige) e se omitem da autorização de reajuste tarifário para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro desse serviço que é essencial para a população e tão fundamental para toda a funcionalidade das cidades. 

Nessa omissão, os próprios governos também são prejudicados tendo em vista que, com a conseqüente deficiência do serviço de transporte coletivo, eles passam a ser criticados pela própria população. Este é, pois, o principal motivo da voz comum de que o transporte coletivo urbano no Brasil é deficiente! Porém, já há indícios, bons indícios de que isto está mudando. Os prefeitos passam a encarar com bem mais coragem e real prioridade a questão do transporte coletivo, conscientes de que esse serviço só pode bem funcionar se a ele for proporcionada a condição de equilíbrio econômico-financeiro, em que a receita principal (ou única) resume-se na tarifa cobrada aos passageiros.

Fonte: Mais PB / Texto: MÁRIO TOURINHO

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